D. Quixote
De
repente, foram surpreendidos por uma vasta planície onde se encontrava um
grande campo cultivado de trigo. Quando se preparavam para descansar da sua
viagem e merendar, ouviram um ruído vindo do interior da seara.
-
Presta atenção! Olha pra o horizonte! Não vês o inimigo escondido no meio do
trigo? – disse D. Quixote.
-
A mim, parece-me o vento ou algum animal à procura de alimento. – respondeu
Sancho Pança.
-
Olhai! Mas vós não vedes? Eles aproximam-se, um terrível exército disfarçado de
nuvens!
-
Não vejo nada! Agora que estão mais perto parecem-me ovelhas.
-
Debaixo daquelas nuvens estão soldados armados e perigosos que vêm na nossa
direção! – continuou D. Quixote.
Sancho
acabou por ver partir D- Quixote, contra o rebanho, de espada em punho, montado
no Rocinante, em busca da vingança pela batalha perdida. Mas Rocinante ao
assustar-se com um coelho selvagem, lançou D. Quixote do seu dorso, relinchando
apavorado e assustando as ovelhas para fora da planície. D. Quixote aterrou num
monte de feno, deixando apenas de fora, os seus pés.
-
Ajuda-me! – gritou aflito enquanto Sancho corria para ele.
-
Eu não lhe disse, meu amo? Eram simples ovelhas!
-
Não viste como estas nuvens subiram aos céus, levando com elas, os soldados?
-
Pobre senhor, não parece estar bom do juízo!
-
Olhai para o céu, vede onde elas estão!
Depois
deste episódio, as duas pobres figuras sentaram-se à sombra de uma oliveira e
merendaram ao mesmo tempo que D. Quixote olhava desconfiado para o céu.
Leonor
Martins nº 19 – 8º E
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